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O crescente progresso do comércio eletrônico, aliado ao desenvolvimento de novas tecnologias, tem modificado os hábitos de consumo e impulsionado as vendas de Pequenas e Médias Empresas. É o que revela o estudo “Mercado global na Economia Digital: Oportunidades para Pequenos Negócios” encomendado pela FedEx Express, referência internacional em transporte de encomendas.

Este levantamento, que contou com a participação de 600 entrevistados, evidenciou que 89% das PMEs brasileiras que exportam seus produtos, vendem ao exterior pela Internet, o que corresponde a um faturamento de mais de R$3,5 mi (US$ 1,11 milhão), entre setembro de 2015 e 2016. Este valor representa 33% da receita total obtida pelas PMEs no ano retrasado, aproximadamente R$ 10,4 mi, superando os 26% da média global.

A pesquisa mostra que 81% das empresas que utilizam o varejo online como ferramenta de vendas, também têm presença mobile através de aplicativos ou sites responsivos, enquanto 86% dos entrevistados afirmaram usar as mídias sociais como plataforma de vendas. Referente ao faturamento de R$ 3,5 mi, vendas em m-commerce e por social media representam parcelas de 29% e 30%, respectivamente.

“No Brasil, as PMEs estão mais atentas às novas tecnologias do que a média global de 80%, com uma adesão de 89%”, afirma Denise Thomazotti, gerente de Marketing da FedEx no Brasil. “Estes dados mostram que os pequenos e médios empresários brasileiros se preocupam em atender às novas expectativas dos consumidores e o faturamento gerado nos últimos doze meses reflete o sucesso da aposta no e-commerce, m-commerce e transações nas redes sociais – já representando um terço dos resultados”, complementa.

De acordo com o levantamento, 68% dos entrevistados afirmaram ter negócios na região da América Latina. O principal foco das exportações é a Argentina (54%), Chile (37%) e Uruguai (36%). Fora do continente, os Estados Unidos importaram produtos de 34% das empresas consultadas, seguido por Portugal e Alemanha (31% e 26%). Quanto aos setores de atuação das PMEs nacionais, Produtos Manufaturados lideram a lista com 13%, seguido por TI e Telecom (12%) e Bens de Consumo (11%).

Confira outros dados apontados pelo estudo:

  • 27% das empresas perceberam um aumento médio de 33% nas exportações, 51% apresentaram estabilidade e 22% tiveram queda média de 27% no período da pesquisa.
  • 91% das PMEs assumem a importância das transportadoras para exportar produtos e 85% afirmam que operadores logísticos são fundamentais para startups.
  • Três quartos dos entrevistados acreditam que soluções como Internet das Coisas, Impressões 3D e realidade virtual, facilitarão processos de exportação.
  • O aumento no custo de produção é o principal obstáculo para os pequenos e médios empreendedores brasileiros (48%), seguido por burocracia e falta de incentivo do governo (40% e 35%, respectivamente).
  • Entre as principais estratégias para melhoria dos negócios, 54% das PMEs investiram em novas tecnologias, seguido por esforços em marketing e propaganda (43%) e treinamento interno para colaboradores (38%).

Além disso, as expectativas por parte de pequenos e médios empreendedores são bastante otimistas para os próximos 12 meses, datados de setembro de 2016. Mais da metade das empresas (55%) esperam ampliar as vendas no período, com um crescimento médio de 27%, enquanto 8% delas afirmam que reduzirão suas vendas para outros países.

“Entrar no mercado global ajuda as PMEs a estabilizar suas operações. Quando uma companhia depende totalmente do mercado interno, ela está sujeita a todas as oscilações do cenário local, enquanto uma estratégia que atinja o público estrangeiro diversifica as fontes de renda das empresas”, finaliza.